TENDINITE E BURSITE: APRENDA A DIFERENCIAR
- Caio Augustus
- 25 de ago. de 2022
- 2 min de leitura

Tendinite é a inflamação ou irritação de um tendão, região que transmite a força de contração muscular necessária para mover um osso.
A Bursite é a inflamação ou irritação de uma “bursa”, que é uma pequena bolsa que auxilia no deslizamento, localizada entre o osso e outras estruturas móveis, como músculos, pele, ou tendões.
As tendinites e bursites costumam estar localizadas principalmente nos ombros, cotovelos, punhos, dedos, quadris, joelhos, tornozelos e pés.

Como os tendões e as “bursas” estão localizados perto das articulações, qualquer processo inflamatório nestes tecidos será percebido frequentemente por pacientes como dor na articulação e dentre seus sintomas mais característicos temos: Dor e rigidez, agravadas por movimento, dor que piora/se inicia a noite e edema local.
Costumam ser temporárias, muitas vezes com sintomas autolimitados, mas podem se tornar crônicas, sem causar deformidade.
A causa mais comum de tendinites é o trauma local ou movimentação excessiva, como em atletas. Essa condição costuma ocorrer principalmente se o paciente não possuir um bom condicionamento físico, apresentar má postura, ou uso o membro afetado em uma posição forçada e desajeitada.
A bursite pode surgir de trauma de forte intensidade ou de pequenos traumas repetitivos, além de estar associada à condições reumáticas, metabólicas, infecciosas e até mesmo idiopáticas.

Para o diagnóstico, as radiografias podem ser úteis a fim de excluir anormalidades ósseas. Porém, o uso da ultrassonografia e, mais recentemente da ressonância nuclear magnética trouxeram um auxílio extremamente importante na definição do local e grau da lesão, devido à incapacidade do Raio-X em identificar estruturas como tendões e bursas.
Exames laboratoriais também podem ser indicados em caso de alguma outra doença de base, como a Artrite Reumatóide ou Diabetes, mas normalmente, não são necessários.
O tratamento destas duas condições está baseado na causa em si, buscando diminuir e, se possível, inibir a dor. O repouso articular importantíssimo, conseguido através do afastamento do fator causal e de atividades que possam levar ao agravamento da lesão. No caso dos atletas, um aquecimento prévio e cuidados da posturais são fundamentais.
Quanto ao tratamento medicamentoso, é comum o uso de AINEs, Analgésicos ou opióides. Em casos acentuados, curtos períodos de uso de corticosteróides podem ser utilizados ou mesmo a indicação de infiltração intra-articular pode ser necessária.

A reabilitação física deve ser feita com o objetivo de tirar a dor, mas, sobretudo para recuperação de amplitude de movimentos e prevenção de recidivas.
A intervenção cirúrgica de tendinites ou bursites não costuma ser frequente.
Referências:
Sociedade Brasileira de Reumatologia - Autoria: Comissão de Dor, Fibromialgia e Outras Síndromes Dolorosas de Partes Moles 20/04/2011.




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