top of page

Tendinites do Pé e Tornozelo 

As tendinites do pé e tornozelo são processos inflamatórios ou degenerativos que afetam os tendões responsáveis pela estabilidade e movimentação dessa região. Quando irritados ou sobrecarregados, esses tendões passam a gerar dor, limitação funcional e dificuldade para caminhar ou praticar atividades físicas do dia a dia.

Por que as tendinites acontecem?

As causas são variadas e dependem do tendão acometido (como o tendão de Aquiles, tibial posterior, fibulares ou extensores). Porém, os fatores mais comuns incluem:

  • Sobrecarga repetitiva: caminhadas longas, corrida, treinos intensos ou aumento abrupto da atividade física;

  • Alterações da pisada: pronação excessiva, supinação, pé plano ou pé cavo;

  • Calçados inadequados, especialmente os com pouco suporte;

  • Fraqueza da musculatura estabilizadora, que aumenta a exigência sobre o tendão;

  • Rigidez da panturrilha, que altera a biomecânica da marcha;

  • Traumas, entorses e microlesões acumuladas.

 

Em muitos casos, o paciente possui um fator anatômico predisponente, como instabilidade, desalinhamentos ou sobrecarga crônica do retropé, que acelera a degeneração tendínea.

Como essa condição se desenvolve?

A tendinite começa como um processo inflamatório discreto. Quando não tratada, pode evoluir para uma tendinopatia — um processo degenerativo que altera a estrutura do tendão. Isso causa:

  • Dor ao caminhar, correr ou subir escadas;

  • Rigidez matinal ou após períodos sentado;

  • Inchaço local;

  • Crepitação (“rangidos”) ao movimentar o tornozelo;

  • Perda de força e limitação para atividades simples.

Curiosidade: quando o pé está desalinhado, o tendão precisa compensar para manter o tornozelo estável.

Esse “trabalho extra” cria microlesões repetidas, que se somam até gerar dor contínua.

Fatores de risco para a Tendinite

Alguns fatores aumentam a chance de desenvolver tendinite ao longo da vida, como:

  • Movimentos repetitivos no trabalho, esporte ou academia;

  • Sobrecarga muscular (treino excessivo ou aumento brusco de carga);

  • Alterações anatômicas e biomecânicas (pisada alterada, mau alinhamento articular);

  • Idade acima de 40 anos (tendão perde elasticidade);

  • Falta de alongamento ou aquecimento adequado;

  • Doenças como diabetes, obesidade ou artrite reumatoide.

Quais sintomas a Tendinite pode causar?

Os sinais e sintomas variam conforme o tendão envolvido. Entre os mais comuns estão:

  • Dor localizada que piora com movimento ou esforço;

  • Sensibilidade ao toque sobre o tendão inflamado;

  • Inchaço ou espessamento do tendão;

  • Rigidez, especialmente ao acordar;

  • Diminuição da força no movimento relacionado ao tendão;

  • Estalidos ou sensação de atrito durante o movimento.

Como é feito o diagnóstico da Tendinite?

O diagnóstico é clínico e baseado em:

  • História de dor relacionada ao uso repetitivo;

  • Exame físico mostrando dor à palpação e ao movimento resistido;

  • Avaliação de força e amplitude articular;

  • Em alguns casos, exames como ultrassom ou ressonância podem ser usados para confirmar inflamação, espessamento ou pequenas lesões do tendão.

Como é o tratamento da Tendinite?

O tratamento da tendinite costuma ser conservador na maioria dos casos. A conduta depende do tendão afetado, intensidade da dor e limitações funcionais.

Podemos usar:

  • Repouso relativo e ajuste das atividades que causam dor;

  • Fisioterapia com fortalecimento progressivo e liberação miofascial;

  • Gelo nas fases iniciais de dor intensa;

  • Antiinflamatórios, quando indicados;

  • Correção biomecânica (postura, pisada, ergonomia);

  • Alongamentos específicos para o grupo muscular afetado.

Quando essas medidas não são suficientes, avaliamos outras opções, como ondas de choque, infiltração guiada por imagem ou imobilização temporária.

Tratamento intervencionista e cirúrgico

A cirurgia só é necessária em casos raros, geralmente quando há ruptura parcial significativa, falha prolongada do tratamento conservador ou degeneração avançada do tendão.

Entre as técnicas utilizadas podemos ter:

  • Debridamento das áreas degeneradas do tendão;

  • Reparação cirúrgica de rupturas parciais;

  • Tenólise (liberação do tendão quando há aderências);

  • Procedimentos minimamente invasivos conforme o tendão e a indicação.

A escolha da técnica depende do local afetado, grau de lesão e sintomas persistentes.

Busque sempre auxílio médico

A tendinite é uma condição comum e tratável, mas quando negligenciada pode evoluir para dor crônica, rupturas e limitações importantes.

Procure um ortopedista especialista para uma avaliação completa e definição do plano de tratamento ideal para o seu caso.

HOSPITAIS DE ATENDIMENTO

CASSEMS
HPlas
Santa Marina
Proncor

Dr. Caio Augustus
Ortopedista e Traumatologista, especialista em Cirurgia do Pé e Tornozelo pela UNIFESP.
Membro da SBOT e ABTPé, atua com precisão e cuidado na recuperação da mobilidade e qualidade de vida dos pacientes.

Clínica Synergie
 R. Célso García, 249 - Carandá Bosque, Campo Grande - MS, 79036-080

Dr. Caio Augustus, CRM/MS 9.124 / TEOT 17.394 - Este site obedece às orientações do Conselho Federal de Medicina e ao Código de Ética Médica, que proíbem a apresentação de fotos de pacientes, resultados ou procedimentos.
As informações aqui contidas podem variar conforme cada caso e representam apenas uma visão geral sobre as técnicas e tratamentos abordados, não substituindo, em hipótese alguma, uma consulta médica presencial, tampouco configurando promessa de resultados.

bottom of page