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INSTABILIDADE CRÔNICA DO TORNOZELO

  • Foto do escritor: Caio Augustus
    Caio Augustus
  • 4 de jul. de 2022
  • 2 min de leitura

Você sabia que o cuidado inadequado com essas lesões agudas pode provocar efeitos crônicos ao seu tornozelo?

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A entorse do tornozelo é uma lesão com alta incidência e recorrência. Na maioria dos casos essa situação é recuperada com uma abordagem conservadora, porém, pode haver evolução para instabilidade crônica.



Este tipo de lesão costuma ocorrer quando o tratamento agudo não permite uma recuperação funcional completa e tem como fatores de risco o sexo masculino, maior altura e um maior IMC.


Grande parte dos doentes com instabilidade crônica não procura ajuda médica, resultando numa menor capacidade funcional e maior incidência de entorses de repetição.


A instabilidade crônica tem um grande impacto na qualidade de vida dos doentes a longo-prazo, podendo apresentar dor crônica, que é muito frequente e em alguns casos pode evoluir com o desenvolvimento de artrose pós-traumática. Além da dor, podemos encontrar edema articular e instabilidade. Os défices encontrados incluem diminuição da amplitude de dorsiflexão, menor volume e força dos músculos intrínsecos e extrínsecos do pé, diminuição da excitabilidade neuromuscular e ativação muscular tardia. Apresentam défices bilaterais no equilíbrio postural e dinâmico, incluindo no pé contralateral e anca.


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Exames de imagem são úteis para a detecção de lesões associadas. A radiografia em stress apresenta boa sensibilidade para detectar instabilidade mecânica, mas é dependente da cooperação do doente. A ecografia tem uma boa sensibilidade para detectar lesões ligamentares e um melhor custo benefício. A RMN apresenta uma alta taxa de falsos-positivos, mas boa precisão para detecção de patologia intra-articular sendo útil no pré-operatório.


Uma vez que a instabilidade crónica é uma patologia muito heterogénea, é essencial uma boa avaliação e compreensão das lesões associadas, para que o tratamento seja adequado a cada doente, no sentido de corrigir a incapacidade funcional na totalidade e evitar a recidiva da lesão.


Os exercícios de reabilitação melhoram os resultados funcionais. Quando o tratamento conservador não resulta ao fim de 3-6 meses, podemos optar pelo tratamento cirúrgico. . Várias técnicas têm sido desenvolvidas e estudadas, apresentando bons resultados. A cirurgia por artroscopia tem sido cada vez mais utilizada e tem demonstrado resultados promissores, sobretudo no tratamento das lesões associadas.


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Referências:

MARTINS, Daniela Sofia Oliveira. Instabilidade crónica do tornozelo. 2020.

 
 
 

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Dr. Caio Augustus
Ortopedista e Traumatologista, especialista em Cirurgia do Pé e Tornozelo pela UNIFESP.
Membro da SBOT e ABTPé, atua com precisão e cuidado na recuperação da mobilidade e qualidade de vida dos pacientes.

Clínica Synergie
 R. Célso García, 249 - Carandá Bosque, Campo Grande - MS, 79036-080

Dr. Caio Augustus, CRM/MS 9.124 / TEOT 17.394 - Este site obedece às orientações do Conselho Federal de Medicina e ao Código de Ética Médica, que proíbem a apresentação de fotos de pacientes, resultados ou procedimentos.
As informações aqui contidas podem variar conforme cada caso e representam apenas uma visão geral sobre as técnicas e tratamentos abordados, não substituindo, em hipótese alguma, uma consulta médica presencial, tampouco configurando promessa de resultados.

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