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DIABETES E OSTEOMIELITE, QUAL A RELAÇÃO?

  • Foto do escritor: Caio Augustus
    Caio Augustus
  • 9 de ago. de 2022
  • 2 min de leitura

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O pé diabético, visto como a principal causa de amputação da extremidade inferior, mais do que uma complicação do diabetes, deve ser considerado como uma condição

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clínica complexa, que pode acometer os pés e/ou tornozelos de indivíduos diabéticos.


Assim, pode reunir comemorativos clínicos variados, tais como a perda da sensibilidade dos pés, a presença de feridas complexas, deformidades, limitação de movimento articular, infecções e amputações, entre outras.


O desenvolvimento da infecção óssea é favorecido pela perda da sensibilidade protetora dos pés e presença de deformidades não funcionais, sendo frequentemente o resultado da contaminação direta de uma lesão de tecidos moles, geralmente úlceras cutâneas infectadas não diagnosticadas ou mesmo manejadas de forma inapropriada.


A infecção no pé diabético deve ser considerada como uma situação de urgência. O diagnóstico precoce da osteomielite é importante, pois o tratamento imediato pode reduzir as taxas de amputação do membro.


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Zonas de hiperpressão, como cabeças metatarsianas e calcâneo, costumam ser locais favoráveis para a instalação do processo séptico. Não raro, a infecção atinge os compartimentos profundos do pé, aumentando bastante as chances de amputação do membro. Outras vezes, associa-se a quadros clínicos mais dramáticos, ameaçando bastante a manutenção, não só da extremidade, mas da vida do indivíduo.


A abordagem deve ser especializada e deve contemplar um modelo de atenção integral (conscientização e educação, qualificação do risco, investigação adequada, tratamento apropriado das feridas, cirurgia especializada, aparelhamento customizado e reabilitação integral), objetivando a prevenção e a restauração funcional da extremidade.


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O ponto crucial, mais efetivo e mais importante no tratamento da osteomielite do pé diabético deve ser o desbridamento cirúrgico agressivo dos tecidos desvitalizados, sequestros e coleções, mesmo que os exames auxiliares de laboratório ou de imagem se mostrem duvidosos ou pouco sugestivos. A tomada de material profundo para cultivo, e não trans-lesão, em ambiente cirúrgico, a administração de antibioticoterapia de

amplo espectro (endovenoso e empírico inicialmente, e posteriormente ajustado à cultura e antibiograma; endovenoso ou oral, por tempo prolongado


O seguimento pós-operatório multiprofssional deve contemplar a estabilização e recuperação clínica e funcional, além de se contabilizar a grande vigilância para eventual diagnóstico de recorrência da infecção, sobretudo, no primeiro ano pós-cirúrgico.


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Referências:

  • BATISTA, Fábio. Osteomielite no pé diabético. Revista Feridas t, v. 2, n. 13, p. 470-472, 2015.

 
 
 

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Dr. Caio Augustus
Ortopedista e Traumatologista, especialista em Cirurgia do Pé e Tornozelo pela UNIFESP.
Membro da SBOT e ABTPé, atua com precisão e cuidado na recuperação da mobilidade e qualidade de vida dos pacientes.

Clínica Synergie
 R. Célso García, 249 - Carandá Bosque, Campo Grande - MS, 79036-080

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