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SÍNDROME DO IMPACTO POSTERIOR

  • Foto do escritor: Caio Augustus
    Caio Augustus
  • 22 de nov. de 2022
  • 2 min de leitura


A síndrome do impacto posterior do tornozelo (SIPT), também chamada de síndrome do pinçamento posterior e síndrome do “os trigonum”, corresponde a um grupo distúrbios clínicos caracterizados por dor posterior do tornozelo durante a flexão plantar (movimento do pé para baixo).


É mais frequente nos esportes onde o movimento de flexão forçada do tornozelo esteja presente causando micro-traumatismos repetitivos, como no ballet, devido a posição digitígrada adotada em muitos movimentos e até mesmo no futebol, basquete e no atletismo, mas também pode ocorrer em trabalhadores que acionam pedais, como motoristas e costureiras.


A anatomia da região posterior do tornozelo parece ser um fator chave no desenvolvimento da síndrome, que é uma condição que surge da compressão dos tecidos moles entre o processo posterior do calcâneo e tíbia posterior, um processo posterolateral do tálus (Stieda) proeminente pode ser uma importante causa da síndrome ou, se o os trigonum estiver presente, devido ao impacto com as estruturas adjacentes.


O os trigonum é um centro de ossificação e pode estar presente em pés normais. A sua ossificação ocorre entre os 7 e 13 anos de idade e sua fusão forma o processo Stieda, porém pode permanecer como um ossículo separado, geralmente de modo bilateral.


OS TRIGONUM (CENTRO SECUNDÁRIO DE OSSIFICAÇÃO)

Uma das causas de dor na região posterior do tornozelo na flexão plantar forçada é a lesão aguda na flexão plantar. Fratura crônica também pode ocorrer devido ao estresse repetitivo, como citado. No entanto, o os trigonum pode ser sintomático mesmo permanecendo intacto durante a flexão plantar extrema.


A síndrome pode se manisfestar como uma inflamação dos tecidos moles, como uma lesão óssea ou ambos. O diagnóstico costuma ser feito de forma clínica. No exame físico, os pacientes costumam apontar incapacidade para as atividades em flexão plantar do tornozelo, tais como chute e apoio na ponta dos pés. A palpação da porção posterior da articulação do tornozelo provoca dor, assim como a manobra de flexão plantar máxima passiva.


tubérculo posterior aumentado (processo de Stieda)

O diagnóstico por imagem complementa os dados da história clínica. As radiografias simples podem demonstrar a presença do tubérculo posterior aumentado (processo de Stieda) ou presença do os trigonum; porém esses sinais nem sempre são a razão dos sintomas.


A ressonância magnética complementará o diagnóstico, identificando sinais de inflamação e degeneração da região comprometida.


O tratamento de escolha no início é clínico e se baseia no controle da dor e da inflamação, através de repouso e medicação, além da diminuição dos treinamentos, imobilização do tornozelo e a fisioterapia, caso necessário. Se não houver melhora do quadro com o tratamento clínico, uma abordagem cirúrgica pode ser a solução.



Referencias:

  • Chiereghin, Adriano et al. Síndrome do impacto posterior do tornozelo: um diagnóstico que deve ser lembrado pelo reumatologista. Relato de dois casos. Revista Brasileira de Reumatologia. 2011, v. 51, n. 3, pp. 286-288. Disponível em: <>. Epub 20 Maio 2011. ISSN 1809-4570.

 
 
 

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© 2021 por Dr Caio Augustus Fernandes Araujo

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